O TAL DO FOCO!

Viver focado até chegar ao seu objetivo ou buscar o equilíbrio e demorar mais para chegar lá?

De que lado você está?

Das coisas que mais  admiro em uma pessoa é a determinação. Diz que vai fazer e faz, sabe?

E acabava que eu ficava meio frustrada comigo mesma, porque eu não sou assim.

Eu sou muito de me deixar levar, pisciana né queridos! Quando vejo já estou indo de uma ideia para outra ideia, de um objetivo para outro. Ah gente, quanto tempo eu odiava isso em mim! Por mais que minha vida sempre tivesse muito mais momentos de felicidade, essa característica me assombrava, sem nem menos ter um impacto tão grande na minha felicidade. Era o olhar a grama do vizinho, entende?

Porém, o que quero compartilhar aqui é um reflexo do meu amadurecimento e principalmente da busca por autoconhecimento.

Continuo admirando atletas, concurseiros, empresários que focam em um único objetivo e seguiram focados até chegar lá, não importando os obstáculos, as fases, as férias e até mesmo, chegando ao limite da sua saúde. São pessoas obstinadas, comprometidas e destemidas.

Antes me julgava inferior, meio medíocre, por apenas querer ter uma vida equilibrada e tranquila, fazendo o que aparecesse para fazer, resolvendo os problemas que iam surgindo, sem um objetivo claro, O TAL DO FOCO, o famoso propósito de vida.

Falando assim, o primeiro grupo realmente é superior ao segunda grupo. Eles fazem e acontecem, deixam legados e ficam para história!

Antes de julgar, hoje percebo que cada pessoa tem seus motivos e vivências muito particulares que o fizeram ser o que ele é. Que ela não consegue ser diferente. Que nem ao menos ela quer ser diferente.  

Minha filosofia de vida foi traçada por inúmeros acontecimentos somados a minha personalidade que me fizeram agir e ser feliz assim. Deixo claro aqui, que acredito em mudança genuína, mas o ponto é, eu não queria mudar de verdade (porque quem quer muda!). Eu gosto da minha vida. Eu tenho orgulho da minha trajetória. Então porque esse sentimento me incomodava?

Porque para mim, admirar essa atitude automaticamente me fazia não admirar a atitude oposta.

Mas nem tudo é preto no branco.

Não existe somente um caminho.

Olhando para trás percebo o quanto admiro o caminho que tracei. Vive as fases de uma forma muito completa, fui uma típica adolescente cheia de amigos, de festas e aventuras. Quando fiz faculdade estudei muito, fiz amizades incríveis, participei de tudo o que podia, fiz estágio, trabalhei, namorei e tinha tempo para festar, hoje nem sei como, mas naquela época tudo era possível para mim. Casei como manda o figurino, de véu e grinalda (brincadeira), única filha mulher, foi uma felicidade para o meu pai me levar até o altar. Quando nasceram os pequenos, tanto eu como o Léo vivemos essa fase intensamente, participando e curtindo tudo o podíamos. Não deixei passar nenhuma data importante, não deixamos de comemorar nenhum aniversário. Era nossa vida com filhos pequenos! São fases que não voltam.

Comecei a entender melhor isso quando iniciei minha pós graduação, 10 anos após estar formada. Minha fase agora era uma esposa e mãe estudante, tentando conciliar mil responsabilidades. Quando comecei a empreender, tudo ficou ainda claro. Não consigo ser feliz sacrificando parte (por menor que seja) da minha vida em função de um único objetivo.

Se deixasse um fato importante na vida dos meus filhos, do meu casamento e da minha saúde em função do sucesso da empresa, esse sucesso não valeria de nada!

Percebi enfim que equilíbrio, para mim, é uma PRIORIDADE!

Um VALOR do qual não abro mão.

E foi ai que veio a grande sacada, clara com a água. Minha mãe faleceu com 42 anos. Nos deixou muito cedo, porem deixou um legado, deixou sua marca, deixou saudade. Não só para mim, meus irmãos, meu pai. Ela deixou uma marca em todos os lugares que convivia. Como professora, como empresária, como filha e irmã, como cidadã.

Eu quero muito muito mesmo viver até os 80 anos! Me parece a idade certa para partir! Uma idade que você viveu todos os ciclos e cumpriu sua missão. Coisa doida minha! Mas como não tenho garantia nenhuma que esse meu desejo vá se cumprir, eu trabalho com a ideia que vou viver muito, porém não quero pagar pra ver! Não quero deixar nada para depois. Não deixo as oportunidades escoarem entre os afazeres do dia a dia ou do objetivo traçado para o futuro.

Tenho planos!

Tenho sonhos!

Cuido para ter um futuro tranquilo!

Mas percebi que chegarei lá do jeitinho que eu sou, meio avoada, meio intuitiva, sonhadora e realizadora.

Talvez não alcance tudo o que quero, talvez demore mais do que espero, mas é assim que funciona para mim!

E para vocês, já pararam pra pensar nisso?

Me conta, vamos ver se só eu que viajo nessas ideias! Kkkkk

Com toda sinceridade, Mariane

 

 

Mariane Michels
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